Tecnologia e Inovação

Protocolo Completo de Gravação de Vídeoaula

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Por Imppactmidia, fonte
Publicado em 01/05/2020 às 21:44  •  atualizado há 14 horas

Como gravar videoaulas

Se você já trabalha com conteúdo em vídeo, precisa entender que gravar videoaulas é um pouco diferente do que gravar outros tipos de conteúdo, como entretenimento. Primeiramente, você deve manter em mente que as pessoas que estão assistindo às suas aulas estão querendo aprender algo e que você tem muita responsabilidade nesse processo. Por isso, ser um professor online exige um trabalho de reflexão e você precisa pensar em como irá ajudar as pessoas no objetivo delas. O sucesso do seu aluno deve ser o seu sucesso!

Plano de aula

Então, para garantir que você grave ótimas videoaulas, o primeiro passo para realmente botar a mão na massa é fazer um plano de aula para cada vídeo. O seu plano de aula, além de funcionar como um roteiro, ajuda a sempre manter em mente qual o objetivo da sua aula. Com o auxílio do plano de aula, você garante que suas videoaulas serão focadas no objetivo e concisas, duas características importantíssimas para esse mercado.

No plano de aula, entre outras coisas, você deve citar qual tema da aula, qual objetivo, qual conteúdo será passado e o que você espera que os alunos tenham aprendido ao final dela.

Equipamentos

Sobre as partes operacionais de como gravar videoaulas, uma das partes mais importantes é a escolha de equipamentos. Um bom equipamento não é o único responsável por um vídeo de qualidade, claro, mas pode ajudar – e muito! – suas produções, mesmo que caseiras. É por isso que vamos te ajudar a escolher os melhores equipamentos que vão te ajudar a gravar ótimas videoaulas.

Câmera

Se quiser saber como gravar videoaulas de ótima qualidade, precisa entender um pouquinho sobre câmeras e como escolher a melhor para o seu projeto, certo? A escolha da câmera correta diz muito sobre os seus vídeos, apesar de não ser o único fator que define a qualidade de um conteúdo.

Uma imagem bonita, com alta resolução, tem muito mais chance de atrair e reter uma audiência do que um com baixa resolução e, consequentemente, baixa qualidade de imagem. Os seres humanos são muito visuais! Hoje em dia, já estamos na era do HD, Full HD e até Ultra HD (4k) e muitas câmeras – inclusive de celular! – já são capazes de gravar vídeos com essa qualidade.

Depois da câmera, é importante que você aprenda a gravar um bom áudio, afinal, os alunos precisam compreender o que você está dizendo com muita clareza. Um bom vídeo, mesmo que tenha um excelente conteúdo, pode ficar bastante desvalorizado se o áudio não for bom, e é por isso que é importante escolher um bom microfone para gravar suas videoaulas.

Câmeras de smartphones

Se você não possui ou não quer investir cerca de R$3.000 em uma câmera semi ou profissional, existem outras opções: você também pode gravar seu vídeo usando uma câmera de smartphone!

Hoje em dia a maioria desses aparelhos já grava em HD (1280×720) ou FULL HD (1920×1080) e você pode usar seu smartphone e deixar para focar seu investimento em outros pontos necessários para uma boa filmagem – como iluminação e microfone. Assim, você consegue gastar menos e obter vídeos quase tão bons, em termos técnicos, quando comparados aos gravados com câmeras DSLR.

Uma das principais vantagens, além do preço mais acessível, é o fato de que você pode baixar aplicativos no próprio aparelho para tratar as imagens gravadas e ter mais controle sobre a filmagem e edição.

Dicas: Utilize a câmera traseira que, em geral, grava em melhor qualidade que a frontal. Além disso, coloque o celular na posição horizontal e busque nas configurações do aparelho como obter a melhor qualidade possível.

Além disso, é bom garantir, também, um tripé para o seu smartphone. Assim, além de facilitar o processo de filmagem, você consegue uma imagem estável!

Câmeras compactas

As câmeras compactas são as mais fáceis de se operar. Elas entraram no mercado para substituir as analógicas. Muitas dessas câmeras compactas possuem a função vídeo também. Com os controles de imagem já automáticos, você não precisa se preocupar em configurar o ISO e a abertura do diafragma, por exemplo, na hora de utilizá-las. Essa falta de acesso às configurações, no entanto, pode acabar restringindo a criatividade de quem tem uma câmera para gravar vídeos compacta.

Em comparação às câmeras mais profissionais, as compactas apresentam uma menor qualidade de imagem, o que pode te deixar na mão em momentos de luzes mais baixas, à noite e até mesmo em ambientes fechados. O ideal é utilizar esta câmera para gravar vídeos caseiros e em ambientes mais iluminados. Dessa forma é possível extrair a melhor imagem possível.

Pequenas, baratas e de fácil transporte, essas câmeras são ideais para fotografar momentos cotidianos daqueles que não se preocupam em atribuir qualidade profissional às imagens. Para o propósito de gravação, no entanto, elas deixam um pouco a desejar quando comparada às chamadas câmeras DSLR.

Câmeras DSLR

Já a DSLR é uma câmera para gravar vídeos mais profissionais. A sigla DSLR significa Digital Single Lens Reflex. O modelo reflex tem a premissa de que a imagem que está enquadrada diz respeito ao que realmente sairá na foto, ao contrário das máquinas fotográficas antigas, que possuíam um visor que não era ligado ao que seria registrado no filme. As DSLR revolucionaram o mercado da produção audiovisual. Antes usadas apenas para fotografia, essas câmeras ganharam a opção de gravar imagens em movimento e, pelo fato de serem compactas e possuírem muita qualidade, passaram a ser adotadas em quase todos os tipos de produção de vídeos, já que o material gerado possui um aspecto um pouco mais cinematográfico.

Essas câmeras são mais robustas e apresentam um nível superior de imagem, controle e estabilidade se comparadas às câmeras digitais compactas – atrativos que sem dúvida facilitarão suas produções e deixarão seus vídeos com um aspecto mais profissional. Porém, são câmeras um pouco mais complexas de se trabalhar, por possuírem todos os comandos no modo manual. Mas não se preocupe, se essa for a sua escolha, elas também possuem modos automáticos, que geram resultados satisfatórios.

Vale a pena dar preferência às câmeras para gravar vídeos Full HD, pois a qualidade da imagem será a sua maior aliada na hora da gravação. Além disso, optar pelos equipamentos com tela móvel vai facilitar muito a sua vida quando você tiver que gravar sem a ajuda de alguém. Então, dê atenção especial a esse detalhe na hora de comprar sua máquina.

Pensando nessas especificações, os modelos t5i, t6i e t7i são DSLRs bastante usadas e recomendadas, porém, são um pouco mais complexas de se mexer. Para se trabalhar com essas, é importante tirar uns dias para estudar um pouquinho e, com toda certeza, ler o manual de instruções dela.

Uma das maiores vantagens desses modelos é que as Canon T6i e T7i contam com um sistema de Wi-Fi, apresentando uma alternativa de transferência de arquivos para outros dispositivos além do cartão de memória.

Canon T5i e T6i

Você também pode optar pelos modelos da Nikon. A Nikon D5200, por exemplo, conta com um microfone de alta qualidade já embutido e também trabalha com sistema de Wi-Fi.

Nikon D5200

Todas essas câmeras podem ser encontradas em uma variação de preço entre R$1.500 e R$3.000, aproximadamente. (valores baseados antes da pandemia pelo novo coronavírus).

E não se esqueça: se optar por gravar seus vídeos com alguma câmera DSLR você também vai precisar de um microfone, cartão de memória, um tripé e uma bolsa de transporte para o aparelho.

Filmadoras

Você pode optar também pela aquisição de uma câmera filmadora. Hoje em dia, podem não ser tão relevantes no mercado, mas ainda têm o seu lugar. Por serem feitas com foco na produção de vídeos, essas filmadoras possuem melhor qualidade de áudio interno e saídas de vídeo limpas (sem informações do equipamento), o que as fazem ideias para transmissões ao vivo. Com lentes integradas com zoom potente, alguns modelos ainda têm entradas de áudio e fone de ouvido, além de suportar várias horas de filmagem.

No entanto, o investimento em câmeras filmadoras é maior: uma filmadora profissional varia em preços que ultrapassam 5 mil reais. Além disso, por serem equipamentos bem mais robustos, necessitam de uma maior habilidade na hora de serem operadas.

Filmadora Sony 4k

Em contrapartida, as filmadoras chamadas Camcorder, apesar de menos profissionais, são mais simples de operar e transportar – além de serem encontradas a um preço mais acessível.

Em termos de qualidade de vídeos, as Camcorder são similares às câmeras DSLR, mas a vantagem das máquinas fotográficas é o maior controle sobre algumas das configurações do equipamento (como profundidade de campo), o que torna as câmeras mais versáteis no sentido criativo da filmagem.

Como gravar áudio de qualidade profissional para seus vídeos

Como um erro de digitação em um artigo, um ruído de fundo alto ou vozes distorcidas no seu vídeo sugerem inexperiência, falta de cuidado, e distraem a audiência da sua mensagem principal.

Um áudio ruim pode matar o seu conteúdo. Mas a boa notícia, no entanto, é que existem muitas maneiras de gravar áudio com qualidade ou melhorar o áudio de vídeos que você já tem. Você pode começar, por exemplo, otimizando o seu ambiente de gravação e usando os dispositivos certos para a gravação. Mas, se você não se preocupou com isso até agora e já tem arquivos que foram gravados com pouca qualidade, não se preocupe: existem maneiras de melhorar áudios prontos utilizando alguns truques.

Para te ajudar na tarefa de gravar áudios de qualidade, separamos algumas dicas cruciais para você colocar em prática antes, durante e depois da sua gravação.

Os tipos de microfone para gravar áudio

A maioria das câmeras, tanto as digitais como as DSLR, não dispõem de um bom microfone integrado pois são feitas somente para captação de vídeo. Por isso, para produzir um vídeo profissional nós recomendamos o uso de um microfone externo. Ele vai te ajudar a ter uma excelente captação, tanto de áudio quanto de vídeo.

Basicamente, existem dois tipos de microfones que você pode usar em seus vídeos: os condensadores e os dinâmicos.

Microfones condensadores

Os microfones condensadores são mais sensíveis e possuem alta qualidade e precisão na captação do áudio – por isso eles são bastante utilizados em estúdios de música.

Normalmente, esse tipo de microfone requer uma fonte adicional de energia, chamada Phanton Power, que pode ser fornecida por meio de baterias, ou em dispositivos de áudio.

Microfones dinâmicos

Já o microfone dinâmico é utilizado em diferentes situações, mas não possui tanta qualidade como o condensador. Como o próprio nome diz, ele é dinâmico e por isso consegue captar bem os sons, seja de fontes mais fracas ou mais fortes, sendo possível gravar áudio de forma bastante versátil. Além disso, eles são bem resistentes à quedas, o que pode ser um diferencial.

Esse tipo de microfone não precisa de energia para funcionar. Basta conectá-lo e na maioria dos dispositivos ele já funciona automaticamente.

Os padrões de captação de áudio dos microfones

Além do tipo, é importante conhecer quais são os principais padrões de captação do áudio nos microfones. Os padrões mais populares são o cardióide, o omnidirecional, o bi-direcional e o uni-direcional. Vamos conhecer melhor cada um deles:

Microfone cardióide

Os microfones cardióides captam com mais intensidade os sons vindos da frente do microfone e com menos os sons que vem pelas bordas. Ele tem esse nome porque, no mapa gráfico, ele tem um formato que se assemelha à um coração.

Existem também algumas variações desse padrão, como o super-cardióide e o hiper-cardióide, que ampliam a captação no centro do microfone e eliminam boa parte dos sons ambientes, apesar de ter um pouco de captação na parte traseira. Microfones desses tipos são excelentes para gravação de vozes.

Microfone omnidirecional

Os equipamentos desse tipo gravam o som de forma igual em todos os lados. Por isso, eles são melhores para captar sons de grupos de pessoas e sons ambientes e não são muito indicados para situações em que se quer gravar apenas um som específico, vindo de uma única fonte, porque tudo em volta também é captado.

Microfones bi-direcionais

Este é o padrão de gravação mais utilizado em microfones de estúdio, uma vez que ele funciona muito bem para gravar duas fontes opostas de som, por sua captação acontecer dos dois lados do aparelho.

Microfones uni-direcionais

Por fim, entre os formatos de captação, temos o uni-direcional. Microfones nesse padrão captam com muita precisão todo o áudio que vem da parte da frente e um pouco das suas laterais.

Esse tipo de microfone, além do operador principal, precisa de outra pessoa como auxílio para seu uso durante as filmagens, uma vez que ele é um pouco trabalhoso de movimentar.

Os formatos de microfone

Agora que você já conhece os tipos e padrões de microfones existentes, é hora de conhecer os formatos mais utilizados na produção de vídeo e entender seu funcionamento baseado em tudo que já contamos. Vamos falar aqui sobre três tipos de microfones: o de lapela, o “sorvete” e o boom.

Microfone de lapela

A lapela é uma boa alternativa para gravar áudio por ser um microfone que fica bem próximo da boca do ator. Ela capta o som de forma mais direcionada, não pegando muito os ruídos do ambiente, e, com isso, ganha-se muito na qualidade e clareza do áudio, em situações que a voz do ator precisa de destaque.

Ele deve ficar próximo a origem do som, cerca de um palmo, e não ser coberto dentro de bolsos ou escondido. O único contra desse tipo de microfone é que ele é um pouco intrusivo, pois você deve passá-lo por dentro da roupa do ator, e fixá-lo próximo a boca. Além do mais, ele fica aparente no vídeo o tempo todo, o que, dependendo da situação, não é desejável.

Esse tipo de microfone é adequado para gravar áudio em entrevistas, programas de auditório, e situações em que você tem mais controle dos sons e tempo para fixar o equipamento.

Caso tenha interesse em adquirir esse tipo de microfone, nós indicamos o Boya By-m1, que tem um custo de aquisição muito acessível e uma ótima captação. Além do mais, esse microfone também pode ser utilizado como um microfone de lapela para celular e permite que você grave áudio diretamente no seu smartphone.

O segundo tipo de microfone que você pode utilizar é o cardioide dinâmico, mais conhecido como microfone sorvete – ou microfone do Silvio Santos.

Microfone cardióide dinâmico – ou microfone sorvete

O microfone sorvete (que também é conhecido por diversos outros nomes, como microfone de mão e até mesmo “microfone do Silvio Santos”) é um formato com captação cardióide que, como citamos, grava os sons provenientes de fontes a sua frente, diminuindo os sinais gerados pelas bordas.

Ele é bastante utilizado para a realização de entrevistas, reportagens e em diversas outras situações, uma vez que é bastante resistente à quedas e prático de manusear.

Para gravar áudio com esse microfone, o ideal é que a pessoa que o está manuseando posicione o equipamento a uma distância mínima de um palmo da boca, para evitar ruídos e danos ao aparelho.

Desse modelo, nós indicamos o modelo J.W.L Ba 58, que tem um preço bastante razoável e uma ótima qualidade de captação.

Há também o microfone direcional, sobre o qual falaremos a seguir.

O microfone direcional, boom ou shotgun

O boom é uma excelente opção para quem pode investir um pouco mais e quer fazer uma captação mais direcionada. Esses microfones são indicados para todo tipo de produção por sua maleabilidade e são indicados para vídeos em que as pessoas precisam parecer mais naturais, como vídeos institucionais de empresas.

Eles captam somente o som da direção em que são apontados e eliminam melhor as interferências externas, apesar de não serem tão adequados quanto a lapela quando você precisa de destacar as vozes de pessoas específicas na cena.

Vale lembrar que microfones como esse, precisam de um operador que o segure ou de um suporte para deixá-lo fixo na posição de captação.

Caso se interesse por essa opção, nós recomendamos o Rode NTG-2 que possui um ótimo custo benefício. E ah, lembre-se de adquirir o microfone junto com o suporte.

Outra opção que pode te ajudar, caso você não tenha verba para investir em um microfone agora, é o microfone do smartphone.

O microfone do smartphone

Se você está com o orçamento limitado indicamos que você use o microfone do seu celular. Além de uma opção barata, quando posicionado no local correto o smartphone pode ser usado como um microfone sem nenhum problema. Celulares como o iPhone e Galaxy, possuem um excelente microfone integrado, são bem práticos de se usar e na maioria das vezes melhores que os já integrados na câmera.

Basta colocar o smartphone em um bolso que não interfira muito na captação, como os de camisa, pedir que alguém o direcione até a origem do som ou usar um suporte de microfone improvisado.

Vale lembrar que os microfones dos celulares são omni-direcionais e captam o som de tudo que está em seu redor, portanto, posicioná-lo adequadamente vai ajudar a ter mais qualidade na hora de gravar áudio.

Como citamos no caso do microfone de lapela, você também pode optar por amenizar esse problema adquirindo um microfone para celular. Hoje já existem diversos modelos desses equipamentos e basta acoplá-los no aparelho para garantir uma captação ainda melhor.

Além do microfone de lapela para celular que indicamos lá em cima, o Rode SmartLav, esse outro modelo direcional, o Yoga Sc 2.9, pode facilitar muito sua vida.

E agora que você já descobriu suas opções de microfone, é importante entender como ele vai funcionar e qual a importância de um bom gravador.

Como gravar vídeos ainda melhores?

Planeje o roteiro

Para gravar um vídeo não basta apenas ligar a câmera – muito pelo contrário: antes de qualquer coisa você tem que planejar todo o conteúdo que ele vai abranger.

O que você quer dizer ao seu público e a forma como vai dizer tem um peso significante na hora da sua produção. A melhor forma de organizar todas as suas ideias é criando um roteiro de vídeo, que servirá como apoio na hora da gravação.

Pense no cenário

Outro ponto que deve ser levado em consideração é o local onde você vai gravar seu vídeo.

Pense no que funciona mais para o seu objetivo: você pode gravar num estúdio, ao ar livre, ou até mesmo em algum cômodo da sua casa.

O importante aqui, independente da sua escolha, é o que estará aparecendo no quadro, isso é, o que será visto na imagem do vídeo.

Tente não deixar a imagem poluída: um cenário muito cheio pode te deixar perdido no meio do quadro e desviar a atenção de quem assiste – ou até mesmo incomodá-lo ao ponto de fazê-lo desistir de assistir.

Investir em cenários diferentes de tempos em tempos, inclusive, é uma ótima pedida para deixar seu canal de conteúdos mais dinâmico.

Atente ao enquadramento

Junto com o planejamento do cenário, é importante pensar o enquadramento do seu vídeo. Se você está gravando vídeos explicativos no estilo dos que produzimos para este post ou no de chroma-key, por exemplo, para garantir um bom posicionamento dos elementos e evitar que eles fiquem perto ou longe demais, tente sempre manter o ator ou elemento principal no centro da tela, a uma boa distância das bordas laterais e de cima.

Para tornar o processo de enquadramento mais fácil, basta usar os grids ou réguas, recursos disponíveis na maioria das câmeras e também em alguns aplicativos para celular. Essas ferramentas vão te dar uma noção melhor do espaço do quadro e, com elas, fica mais simples a orientação do lugar onde cada coisa aparece na tela.

Saiba usar os controles da câmera ao seu favor

Agora que você já escolheu sua câmera, pensou no roteiro e planejou o cenário e o enquadramento, é hora de conseguir ajustar os controles da câmera para que seu vídeo tenha boa qualidade.

ISO

Primeiro, é preciso controlar o ISO de sua câmera.

ISO, na fotografia, é a sensibilidade do sensor da câmera à luz. Em termos práticos, quanto mais luz disponível na cena que você está fotografando ou filmando, menor deve ser a sensibilidade do sensor e, consequentemente, menor o valor do ISO.

Para ambientes com uma boa iluminação, como os em que foram gravados os vídeos do Pocket, é ideal que o ISO esteja definido entre mais ou menos 100 e 800. Vá fazendo testes e defina o ISO de acordo com suas necessidades.

Abertura do diafragma

Controlar a abertura do diafragma da câmera também é essencial em termos de configuração do equipamento e é um ajuste complementar ao do ISO, realizado anteriormente. Isso porque um diafragma mais aberto, permite a passagem de mais luz para a câmera e gera imagens mais claras.

Em regra, usamos algo entre 2.8 e 5.6, mas sempre é bom definir esse número de acordo com suas necessidades.

Como esses ajustes são feitos de forma diferente para cada tipo de câmera, é sempre válido consultar o manual dos equipamentos (ou o Google) para não acabar mexendo naquilo que não devia e perder tempo demais com essas configurações.

Foco

Outro ponto super importante na hora de gravar seus vídeos, é o foco. Uma única cena gravada com o foco errado, pode comprometer toda a sua produção.

Algumas câmeras permitem que você faça o foco de forma manual ou automática. Independentemente da que você escolher, garanta que seus elementos principais- sejam atores, produtos ou um cenário qualquer – estejam totalmente nítidos e sejam o ponto de foco da filmagem.

Configurações de Smartphone

Se você não tem uma câmera, está gravando vídeos com seu celular e ficou preocupado por não poder realizar todos esses ajustes em seu aparelho, fique tranquilo!

Hoje já existem diversos aplicativos para smartphones que reproduzem as configurações e ajustes de uma câmera profissional, como foco, grid, iso, velocidade do obturador e abertura do diafragma, e que podem ser de grande ajuda na hora de fazer seus vídeos.

Alguns exemplos desse tipo de app são o Camera Plus Pro e o ProCamera, disponíveis para o sistema operacional iOS, e o FiLMiC Pro, disponível para o Android.

Apenas tenha em mente que colocar seu ISO em um valor muito elevado, não é a solução perfeita para driblar a falta de iluminação. ISOs muito altos, podem acabar fazendo sua imagem perder em qualidade e deixar o resultado final com a imagem granulada como essa:

Camera Plus Pro e ProCamera

Mas, se você não quer perder tempo fazendo ajustes finos em sua câmera, ou não sabe direito como configurar seu equipamento nessas questões mais técnicas, tudo bem. A configuração automática dá conta do recado!

Só fique de olho no fotômetro, a setinha da câmera, que precisa estar sempre no meio. Caso isso não esteja ocorrendo, ajustes manuais são recomendados, uma vez que você pode acabar perdendo em qualidade de imagem e comprometendo todo seu vídeo.

Pense na iluminação

Com tudo isso pronto, está quase na hora de ligar a câmera e começar a gravar, mas, para que sua filmagem fique excelente falta ainda um passo: a iluminação do seu vídeo!

A iluminação de um vídeo faz mais diferença do que você imagina na hora de gravar, então atente-se a ela o máximo possível!

Iluminação para vídeo: como acertar em suas produções.

Quem produz ou quer começar a produzir conteúdos audiovisuais precisa ter bastante cuidado com um ponto em específico: a iluminação para vídeo.

Uma cena mal iluminada, além de passar a impressão de falta de conhecimento e cuidado técnico com a gravação, pode estragar a experiência de visualização de seus usuários e impactar muito negativamente sua estratégia de comunicação.

Afinal, assim como falhas no áudio, uma iluminação precária pode comprometer a compreensão de seus conteúdos e fazer com que a audiência perca o interesse por aquilo que está assistindo – ou que no caso, não está conseguindo assistir.

Assim como a câmera, o roteiro e o planejamento, a iluminação para vídeo é essencial e com certeza um grande diferencial entre uma produção de qualidade e algo mediano. Portanto, é importante que você saiba as melhores formas de iluminar sua cena e invista nesse ponto.

Com baixo investimento hoje é possível montar um esquema básico de iluminação – já que você pode improvisar muitas coisas – e não existem mais desculpas para seus vídeos ficarem com a luz errada.

Nesse artigo, nós vamos lhe contar mais sobre os principais equipamentos utilizados na iluminação de uma cena, ensinar o esquema da iluminação de três pontos – uma das mais simples e populares – e ainda dar dicas valiosas sobre o assunto.

Importância de uma boa iluminação para vídeo.

Como já ressaltamos, de nada adianta você ter um super roteiro e investir na melhor câmera de todas, se as pessoas não conseguirem ver o que acontece nas cenas do seu vídeo, seja por falta de luz, ou excesso dela. Portanto, investir em uma boa iluminação é essencial.

E não apenas por questões estéticas e visuais, mas também por pontos como compreensão do conteúdo, retenção da audiência e autoridade.

Um conteúdo em vídeo mal iluminado, principalmente se utiliza elementos dentro da própria cena ou possui um ator falando, pode ficar bem mais difícil de compreender e colocar em risco toda a sua estratégia de comunicação. Uma das grandes vantagens que os vídeos trazem é a fusão entre áudio e visão e, se você não preza por esses dois pontos, está fazendo conteúdos de forma errada.

Além do mais, vídeos com iluminação errada são mais difíceis e chatos de assistir, uma vez que exigem mais esforço visual e concentração. Portanto, você pode acabar perdendo grande parte da sua audiência ainda no início do vídeo – isso se elas começarem a assisti-lo – e isso vai comprometer bastante as taxas de retenção no conteúdo, e, consequentemente, a eficácia da sua estratégia, as taxas de conversão e etc.

Por fim, publicar um vídeo sem a iluminação correta é feio. Mostra falta de cuidado do produtor em relação ao conteúdo e transmite a sensação de inexperiência e falta de credibilidade. E você não quer isso, né?

Mas fique tranquilo ou tranquila! É só continuar lendo para entender direitinho como garantir uma iluminação profissional para seus vídeos. 

Luz externa x Luz interna.

Antes de começar, vamos passar por um ponto que pode ser muito importante, principalmente se você está começando a produzir conteúdo agora e não entende muito sobre iluminação para vídeo. Essa dica é em relação a luz externa e interna.

Poder contar com a iluminação externa, do sol, em seus vídeos é um privilégio que poucas pessoas conseguem garantir. Portanto, quase sempre você precisará de iluminação interna para conseguir um bom resultado em seus vídeos.

A luz externa, apesar de natural e bastante bonita, pode ser bem difícil de trabalhar, uma vez que não oferece muito controle a quem filma a cena e pode sofrer oscilações bruscas dependendo da posição do sol, quantidade de nuvens no dia, horário e etc. Portanto, não é muito indicado que você fique contando com essa iluminação. Afinal, ela pode te dar muito trabalho na hora da edição final e acabar atrapalhando seus planos de filmagem, caso você esteja em um período chuvoso, por exemplo, que oferece pouca luz.

Já a iluminação interna, apesar de totalmente artificial, pode ser facilmente controlável com os equipamentos certos e oferecer maiores garantias em termos de uniformidade e qualidade. Com ela, você não corre o risco do sol entrar em uma nuvem na hora H ou de uma grande quantidade de luz inesperada deixar a cena “estourada”, clara demais. Você prepara tudo antes e não precisa se preocupar com oscilações. Isso é excelente, principalmente se você não quer ter que fazer muitos ajustes de luz na edição final. E é sobre esse tipo de luz que vamos falar aqui nesse artigo.

Mas antes de continuar, vale pontuar algo muito importante em relação a esses tipos de luz: tente não misturar as duas se você não tem tanta experiência ou verba para investir nos equipamentos adequados.

As câmeras além de captarem a intensidade da luz na cena também captam sua temperatura e, como você pode imaginar, a iluminação externa tem uma temperatura diferente da iluminação interna. Essa diferença pode provocar efeitos ruins na cena, deixá-la sem uniformidade e exigir um trabalho chato de correção e uniformização na hora de editar o material.

Portanto, tente sempre contar apenas com um tipo de luz em cada cena. Se for gravar em um espaço fechado, limite a entrada de luz ambiente o máximo possível e ilumine o espaço de forma adequada com luz artificial. E se for fazer uma tomada externa, tente utilizar apenas a luz do dia, use equipamentos para te auxiliar, como refletores, e, caso necessite muito, use uma luz adequada para esse tipo de filmagem.   

Luz dura e Luz difusa.

O modo como diferentes tipos e tamanhos de luz incidem em um objeto também é diferente e vale aqui distinguir o que é uma luz dura e uma luz difusa, já que esses termos são bem comuns quando se trata de iluminação.

Uma luz dura é aquela que incide de forma mais direta sobre um ponto e dá a impressão de ser mais forte. As luzes duras precisam ser utilizadas com cuidado, uma vez que produzem sombras muito fortes e marcadas e destacam imperfeições na cena, como na pele dos atores. E isso em um vídeo não é o ideal.

Já a luz difusa é aquela que incide de forma mais suave, espalhada e difusa realmente, sobre o objeto e o ilumina de maneira mais leve e uniforme, sem gerar sombras muito fortes ou deixar a cena com um aspecto muito artificial.

Como fazer uma boa iluminação para vídeo?

Agora que já falamos da importância de uma boa iluminação e das diferenças entre luz interna e externa, vamos ao que realmente importa: como fazer uma boa iluminação para vídeo? Como deixar sua produção com iluminação profissional?

Fique atento, pois vamos listar os principais tipos de luz, os equipamentos usados em uma produção e te contar mais sobre como fazer a iluminação de três pontos.

Alguns tipos de luzes para gravar vídeos:

Quando você vai investir em luzes para gravar seus vídeos, vai encontrar principalmente esses tipos de equipamento:

Softbox.

O softbox é uma das principais luzes utilizadas para a gravação de vídeos, uma vez que ele gera uma luz difusa e muito suave, e é um equipamento leve e fácil de montar. Só é necessário ficar atento ao tamanho deste equipamento em relação a seu estúdio ou espaço para gravação, pois ele ocupa bastante espaço na maioria das vezes.

Uma das melhores coisas do softbox é que se você tiver um pouco de paciência e conhecimento de elétrica e artesanato, pode montar o seu com pouquíssimo dinheiro. Se procurar no Google por DIY softbox, você irá encontrar diversos tutoriais e vai ver como é bem simples montar o seu.

Sun Gun

Essa luz é bastante intensa e ideal para fornecer uma iluminação mais uniforme para todo o set, deixando suas cenas com uma leve luz amarelada. Essa luz possui um valor mais alto, mas pode ser usada como uma excelente opção de luz de preenchimento.

Ring Light.

A ring light é uma luz fluorescente circular, que é posicionada em volta da câmera, e é bastante usada quando se quer destacar o ator ou objeto em uma cena. Ela oferece uma luz bem uniforme e difusa e é indicada principalmente quando se quer destacar a face de um ator em cena – como nos vídeos de tutoriais de maquiagem.]

Painéis de Led.

Esse tipo de iluminação possui pequenas lâmpadas (60, 90, 100… depende da sua necessidade) e emite uma luz bem forte. Esses painéis não permitem um controle muito grande de temperatura e podem apresentar grandes variações entre um e outro, sendo importante ficar atento a isso. A maioria desses painéis funciona com bateria ou pilha então é preciso ter sempre essas fontes de energia a mão.

A iluminação de três pontos.

Antes de gravar qualquer cena, é importante tentar fazer um esquema de como as luzes ficarão posicionadas e como elas irão iluminar os objetos na cena. Ou seja, montar um mapa de luz.

E um dos esquemas mais comuns quando se trata de gravar vídeos, é o da iluminação de três pontos. Ele é simples, rápido de montar, não exige tanto em termos de equipamento e vai deixar seu vídeo com uma iluminação profissional.

Veja o que você precisa para montar essa iluminação:

Luz principal.

Essa luz é a que é utilizada para dar destaque ao ator ou objeto principais na cena. Ela é sempre posicionada de forma lateral em relação à câmera, entre 15º e 45º. Para essa posição, você pode trabalhar com um softbox ou qualquer outra luz que seja mais difusa e suave. Ela é a principal luz da cena – como o nome diz – e é a partir dela que as outras serão posicionadas e criadas.  

Luz de preenchimento.

Quando posicionar a luz principal, você irá notar que surgiram sombras bem marcadas no objeto em destaque na cena e ao redor dele. É então que entra a luz de preenchimento. A fim de suavizar essas sombras, você deve posicionar uma outra luz ao lado da principal: a luz de preenchimento. Essa luz não pode ser tão intensa quanto a primeira para não eliminar totalmente as sombras – que são importantes para dar profundidade à cena – e deve ser posicionada em um ângulo parecido, nunca igual, um pouco acima da luz principal. Dependendo da intensidade da outra luz que você tem, ela pode ser rebatida com um espelho ou refletor também para ficar mais suave. Você pode usar para essa luz um outro softbox ou, como fizemos no vídeo ali em cima, um sun gun com um rebatedor.

Luz de fundo.

A luz de fundo é a última necessária nesse esquema de três pontos. Ela é essencial para que seja criado um contraste entre o ator e o fundo da cena e para que não haja uma impressão de bidimensionalidade no vídeo. Essa luz deve ser móvel e fácil de posicionar, e você deve colocá-la no fundo, atrás do ator. Ela pode ficar tanto no chão, virada para cima, quanto acima do objeto da cena. Ela deve ficar sempre oposta às outras duas luzes.

Depois de tudo posicionado, seu set deve ficar mais ou menos assim:

O rebatedor.

Investir em um refletor é uma ótima decisão se você quer ter menos problemas com a sua iluminação para vídeo. Esse equipamento vai ajudar tanto em tomadas externas, quanto internas e deixar a luz de suas cenas mais direcionada, suave e natural.

E o melhor é que você pode tanto comprar seus espelhos, placas ou sombrinha, quanto improvisar esse equipamento. Dê uma olhada nas coisas que comumente são usadas como rebatedor:

·         Placa de papelão coberta com papel alumínio;

·         Refletores de parabrisa de carro ;

·         Placas de alumínio;

·         Papel laminado – prateado ou dourado – sobre papelão;

O mesmo vale para outras cores, como o branco e o preto. Basta achar um papel ou material que seja capaz de refletir a luz e pronto!

O difusor.

Por fim, mas não menos importante, a dica é: sempre que possível, use um difusor de luz. Ele vai ajudar a evitar as luzes duras e os problemas que citamos lá em cima em relação às sombras e imperfeições.

Um difusor pode ser comprado, mas também dá para improvisar. Você pode usar as sombrinhas difusoras, comprar placas prontas para cada tipo de luz, ou fazer seu próprio difusor usando tecido (normalmente TNT) ou papel manteiga – tome cuidado apenas, pois algumas luzes esquentam muito e se você usar papel, pode correr o risco de provocar um incêndio.

E então? Já está pensando em quais luzes adquirir? Lembre-se de que cada set possui uma necessidade específica e que as luzes podem variar de acordo com o efeito desejado, o tamanho do set, ou o destaque que você planeja dar para cada objeto na cena. Um bom planejamento de vídeos como um todo, será essencial para que você ilumine suas tomadas com qualidade máxima.

 

Fotos

Protocolo Completo de Gravação de Vídeoaula

https://imppactmidia.com.br/noticia/2020/05/protocolo-completo-de-gravacao-de-videoaula.html

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